Conteúdo do site da revista boa forma
Diga a verdade, de quantos regimes você já ouviu falar? De um monte, com toda certeza. Não é por acaso. A cada dia surge uma nova mania prometendo um corpo de deusa. Por essa razão, BOA FORMA fez um levantamento das dietas que viraram mania ou despertaram polêmica no Brasil e nos EUA, o país campeão em lançar modismos alimentares. Com base nesse material, selecionamos os principais programas e para analisá-los convidamos duas experts da área: as nutricionistas Cynthia Antonaccio, mestranda da Universidade de São Paulo em comportamento alimentar, e Patrícia Bertolucci, especialista em fisiologia do esporte. Grande parte dos especialistas é unânime ao afirmar que planos radicais não dão em nada. Pior: você emagrece e volta a engordar tudo de novo. Entenda por radical toda metodologia que se baseia em um dos itens listados abaixo.
• Cortar uma categoria de alimentos, como carboidratos (pães, massas e cereais, por exemplo).
• Eleger só um tipo de alimentação nas refeições, como a dieta das frutas ou da sopa.
• Prever um cardápio com pouquíssimas calorias.
É verdade que, adotando alguma delas, você vai notar diferença na balança, mas saiba que o resultado é provisório. Essas táticas só valem a pena em uma situação de emergência, quando você precisa entrar naquele vestido de festa e tem poucos dias para realizar o milagre. Entretanto, não se iluda. Ao retornar à alimentação normal, o ponteiro da balança também volta à marca anterior. E você vai retomar o cardápio antigo porque ninguém agüenta muito tempo essas restrições alimentares, por mais força de vontade que tenha.
Outro ponto para considerar: os programas mais radicais promovem, na maioria dos casos, perda de água ou de massa muscular — e não de gordura, a vilã dos quilinhos extras. Além disso, o organismo deixa de receber uma série de nutrientes fundamentais para o seu bom funcionamento. Tanto é que as especialistas que avaliaram o nosso guia criticaram justamente as metodologias que restringem alguma categoria alimentar, as que são inviáveis de manter ou não tem embasamento. "Milagre não existe. Quanto mais radical e curto for o regime, mais rápido ainda voltam os quilos", afirma o endocrionologista Alfredo Halpern, de São Paulo (SP). E é a pura verdade: pesquisas feitas na Europa mostram que 75% dos adeptos das dietas voltam a engordar nos primeiros meses e entre 80% e 95% recuperam o peso em cinco anos.
Devagar e sempre
Se seu plano for emagrecer e manter o novo peso, lembre-se: a gordura não apareceu no seu corpo da noite para o dia e eliminá-la também não vai ser num passe de mágica. Uma atitude inteligente, portante, é não se iludir com as promessas de perda de peso a jato. Elas não resolvem a longo prazo.
O que funciona mesmo é aprender a comer, saber reconhecer os tipos de alimento e combiná-los da melhor maneira. Por isso, as propostas que tiveram pontuação mais alta foram as que pregam a reeducação alimentar, como é o caso do Vigilantes do Peso. As propostas embasadas no bom senso são as que mostram maior eficácia e maior chance de manutenção. Porque aí você aprende para sempre como comer sem ter que adotar cardápios mirabolantes.
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