sexta-feira, 9 de setembro de 2011

Descoberto planeta habitável fora do Sistema Solar

Exoplaneta Gliese 581g apresenta condições ideais de vida, como possibilidade de água e temperatura semelhante à da Terra

gua e temperatura semelhante à da Terra


Foto: Zina Deretsky, National Science Foundation
Como a Terra: exoplaneta Gliese 581g oferece indícios de que possa ser habitável
Astrônomos informaram hoje que pela primeira vez avistaram claramente um planeta fora do Sistema Solar com condições ideais de vida, onde pode existir água líquida na superfície do planeta. Se confirmado, este seria o exoplaneta mais parecido com a Terra já descoberto e o primeiro caso potencialmente habitável.

O planeta tem o do tamanho da Terra e três vezes a sua massa. Os pesquisadores estimaram que a temperatura de superfície do planeta seja entre - 31 e -12 graus Celsius - valores onde a vida humana possa existir. E acima de tudo, o novo planeta está muito próximo da Terra, apenas 20 anos luz de distância, na constelação de Libra. 

O planeta está em torno da estrela anã vermelha Gliese 581, que tem outros planetas ao seu redor. Como o Sistema Solar, os planetas ao redor de Gliese 581 têm órbitas quase circulares. O novo planeta tem um período orbital (o que na Terra equivale a um ano) de menos de 37 dias. Sua massa indica que ele é provavelmente um planeta rochoso.

“Nossa descoberta representa um caso muito convincente para um planeta potencialmente habitável”, disse Steven Vogt, professor de Astronomia e Astrofísica da Universidade da Califórnia em Santa Cruz, que participou do estudo. ”O fato de termos detectado esse planeta tão rapidamente e tão perto da Terra nos diz que planetas como este devem ser muito comuns".

O estudo, realizado pela Universidade da Califórnia, Santa Cruz e pelo Instituto Carnegie, foi publicado hoje (29) no periódico científico Astrophysical Journal.
Todos já conhecem a teoria de que o mundo vai acabar em 2012. Os mais céticos, é claro, não dão muita atenção a todo esse alarde. Mesmo que isso seja verdade, contudo, poderemos já estar vivendo em outro lugar quando a Terra acabar. É o que sugere uma nova descoberta das Universidades de Harvard (Cambridge, Massachussets, EUA) e da Califórnia, que prevê o anúncio de um novo planeta habitável ainda para 2011.
Na verdade, por enquanto, tudo não passa de uma projeção matemática. É claro que não é um cálculo leviano (e seria muito complicado explicar, aqui nestas linhas, como ele funciona exatamente), os cientistas têm boas razões para acreditar que descobriremos um planeta digno de ser habitado dentro de muito pouco tempo.
Este planeta, supostamente está fora do sistema solar. Planetas que orbitam ao redor de uma estrela que não seja o Sol são chamados de exoplanetas, o que seria o caso deste nosso “novo lar”. Basicamente, fizeram cálculos baseados nos exoplanetas já descobertos antes (graças ao super-telescópio Kepler, de propriedade da NASA), e compararam as propriedades já conhecidas. A dedução que os levou a tal resultado se baseou na “habitabilidade métrica”, uma medida que considera duas variáveis: a temperatura e a massa do planeta em questão.
A tal habitabilidade métrica tem duas influências nas descobertas astronômicas. Em primeiro lugar, existem pedras de gelo em planetas de massa gigantesca, compostos em sua maioria por gás, fator importante no cálculo “temperatura x massa”. Com isso, a cada planeta mais distante que se descobre, estamos estatisticamente mais próximos de chegar ao valor “temperatura x massa” semelhante ao da Terra. Segundo os pesquisadores, um planeta com essas condições é caracterizado como “habitabilidade métrica 1”, o valor da Terra.
Segundo cálculos mais céticos, nossa chance de encontrar um planeta habitável é de 66% em 2013, e de 75% em 2020. Os mais otimistas, no entanto (já que estamos falando de um cálculo com numerosas variáveis e muitos ingredientes que não passam de mera suposição), projetam esse “dia D” para maio de 2011. Se estiverem certos, daqui a menos de um ano saberemos que a Terra não é o único lugar no universo onde é possível viver.



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