sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

Yoga


YOGA, TÉCNICA INDIANA que une exercícios, relaxamento, controle respiratório e meditação, era usada no Ocidente, até pouco tempo atrás, apenas com essas finalidades relaxar, controlar respiração e meditar. Recentemente, porém, ocorreu uma transformação significativa na maneira como o Ocidente vê a ioga. Ela se transformou num poderoso auxiliar no tratamento de doenças, com eficácia comprovada por vários estudos acadêmicos. Os três principais sites americanos de pesquisas médicas relacionam 515 estudos sobre ioga nos últimos cinco nos.
Os testes clínicos mostraram que a ioga, aliada à medicina convencional, pode ter um papel importante no tratamento das seguintes doenças:
hipertensão 
diabetes 
depressão 
asma 
artrite 
irritações no intestino 
alcoolismo
ANTEFLEXÃO COM A CABEÇA NO JOELHO
ANTEFLEXÃO COM A CABEÇA NO JOELHO (em sânscrito, parivrtta janu sirsasana) Esta posição (imagem ao centro) massageia os órgãos internos do abdome e alonga a região lombar e a parte posterior das coxas. Nesta reportagem, a professora de ioga Renata Broglia Mendes mostra algumas posições
Bem-vindo o mundo da iogaterapia. Trata-se de um exemplo de quão produtivo pode ser o encontro, sem preconceitos, da cultura ocidental com a oriental. "A ioga é minha terapia favorita, porque une meditação e atividade física", diz o cardiologista Mehmet Oz, diretor do Instituto de Doenças Cardiovasculares da Universidade Colúmbia, em Nova York. "Ela pode ser praticada mesmo por pessoas que estejam extremamente doentes". Alguns mestres indianos podem se arrepiar ao ouvir ocidentais de avental falando de ioga como quem se refere a pílulas ou injeções. Para eles, a ioga é uma imensa biblioteca de conceitos e técnicas, ou uma base de sua visão de mundo. Sim, suas diversas escolas têm como objetivo uma vida mais saudável (leia quadro na sequência da matéria). Mas sobretudo o progresso espiritual e a "paralisação dos turbilhões da mente", na definição do mais antigo tratado sobre o assunto, o Yoga Sutra, escrito por volta de 500 a.C. pelo sábio indiano Patañjali (leia quadro na sequência da matéria). Mesmo entre esses mestres indianos, no entanto, é cada vez maior a aceitação da aplicação da ioga pela medicina ocidental - desde que ela venha acompanhada de uma compreensão profunda dos princípios originais.
CONTRA A DEPRESSÃO
CONTRA A DEPRESSÃO 
A professora de Filosofia Gabriela Lafetá Borges faz a "postura do guerreiro 2", no Parque da Cidade, em Brasília. "Ioga, para mim, é uma questão de sobrevivência", diz
Os médicos que usam seriamente a ioga no tratamento de doenças também enfatizam essa necessidade. "Se me perguntarem para que casos eu a indico, eu espondo: para todos", diz Cesar Devesa, pesquisador do Instituto do Coração (InCor), em São Paulo, centro de referência da medicina brasileira. "Mas não se trata apenas de repetir uma série de exercícios. É um tratamento holístico, que implica mudar a vida. Quando encontramos alguém com um problema cardíaco, não consideramos que seja apenas um defeito do coração. É um problema sistêmico, que se manifesta no coração." Eis o que afirma o professor de Educação Física Marcos Rojo, da Universidade de São Paulo, que fez doutorado em Ioga na Índia: "A ioga tem ambições muito maiores que curar uma dor de cabeça. Para isso, seria melhor tomar um analgésico". Os dois usam a ioga no tratamento de doentes. "Mas dentro de uma perspectiva integral", diz Devesa. "Precisamos ser honestos com a ioga."
Nunca a técnica indiana foi tão utilizada por ocidentais. Nos Estados Unidos, cerca de 15 milhões de pessoas a praticam. Celebridades como Madonna ou Sharon Stone são adeptas (leia quadro na sequência da matéria). Madonna incluiu posições de ioga na coreografia de sua turnê Re-Invention. No Brasil, a Cia Athletica, uma das maiores redes de academias do país, viu a procura pela modalidade triplicar nos últimos três anos. Desde fevereiro, as matrículas aumentaram 10% na concorente Bio ritmo. No site Submarino, o maior de venda de livros no país, há 120 títulos com as palavras "ioga" e "yoga". (Em português, os dicionários ecomendam a grafia ioga, e a palavra é um substantivo feminino. Muitos praticantes, no entanto, preferem dizer "o yôga", com circunflexo no "o" , pois em sânscrito o termo é masculino.)
Fonte: revistaepoca.globo.com
Yoga
Ioga é uma prática ancestral de origem indiana que visa objetivos diversos, tais como auto-conhecimento, equilíbrio entre corpo e mente, saúde física e espiritual e comunhão entre o indivíduo e o todo. Há dezenas de linhas de Ioga no mundo, que propõem não necessariamente caminhos contraditórios, mas sim, diversos caminhos para alcançar os mesmos objetivos.
Mais particularmente no Brasil, mas também em Portugal e outros países, entretanto, há contrariedade e negação entre duas vertentes. Essa polémica abrange desde a própria grafia da palavra Ioga (“Ioga” é a forma aportuguesada usada por dicionários e também adotada na Wikipedia. As outras grafias propostas são “Yoga” e “Yôga”.) até suas definições, seus objetivos, suas metodologias e práticas.
Instrutora de Ioga em Eka Pada Rajakapodasana, a Postura do Pombo Real.
Instrutora de Ioga em Eka Pada Rajakapodasana, a Postura do Pombo Real.
Uma das vertentes é a do SwáSthya Yôga que tem como seu principal expoente o brasileiro Mestre DeRose. Nesta escola se usa a grafia “Yôga” e adota-se a definição: "Yôga é qualquer metodologia estritamente prática que conduza ao samádhi.", do próprio Mestre DeRose. O SwáSthya Yôga é ensinado apenas por instrutores formados na Universidade de Yôga.
A outra vertente abrange todas as demais linhagens, tais como Hatha Yoga, Ashtanga Vinyasa Yoga, Iyengar Yoga e etc, na grande maioria derivadas do Ioga de Pátañjali (Pátañjala Yoga). Nelas grafa-se “Yoga” e a definição mais utilizada é a encontrada nos Yoga Sutras de Pátañjali que pode ser traduzida do sânscrito por “Yoga é a cessação da agitação mental.” ou diversas outras variações. A formação de professores e instrutores dessas linhagens é livre e auto-regulamentada.

SwaSthya Yôga

"Yôga é qualquer meodologia estritamente prática que conduza ao samádhi". Esta é definição de Ioga feita pelo Mestre DeRose que completa definindo samádhi como "um estado de hiperconsciência, megalucidez, que só o Yôga proporciona". Como diz o Mestre Sérgio Santos: "Yôga é a integração consigo mesmo, com os outros seres e com o Universo".
No Brasil, o primeiro trabalho sobre Ioga foi realizado pelo Prof. Caio Miranda, inspirado na tradição teosófica.
O SwáSthya Yôga foi sistematizado na década de 60 do século XX pelo Mestre DeRose a partir do Dakshinacharatantrika-Nirísharasámkhya Yôga - um Ioga estritamente técnico. Sua prática compreende oito feixes de técnicas (mudrá, pújá, mantra, pránáyáma, kriyá, ásana, yôganidrá e samyama). É conhecido pela forma de execução das técnicas corporais, feitas em forma de coreografia.

Patanjala Yoga

Yoga (do devanagari da raiz sânscrita yuj), nomeia a canga que se usa para unir a junta de bois ao arar a terra, por extensão, união. Objetiva a união que é libertação: a união do eu ou consciência individual com o espírito divino interior, que recebe o nome de samadhi.
Pátañjali é a principal referência, organizando nos Yoga Sutras, em quatro capítulos, os principais aspectos da prática.
Patañjali deixa bem claro no início de sua obra a finalidade do Ioga quando no segundo trecho de seu livro Yoga Sutras, nos diz: "Yoga é a cessação das flutuações da mente". Constitui-se de uma filosofia cujo conjunto de técnicas visam o autoconhecimento do praticante. Vários são os métodos e escolas para se atingir esta meta, porém ela sempre é o referencial. As escolas mais antigas utilizam-se de métodos estritamente técnicos. As escolas mais modernas tem uma conotação tendendo mais ao espiritualismo, fruto da difusão do Vêdanta na época medieval. Desenvolveu-se ao longo da história no oriente, particularmente na Índia, e que nos dias de hoje está amplamente difundido no mundo todo, inclusive no ocidente.
Na Índia, país de origem do Ioga, Krishnamacharya (B.K.S. Iyengar, Pattabhi Jois e Desikachar), Shivananda, Swami Vivekananda e Sri Auribindo são as principais referências.

Ashtanga: os oito pilares do Yoga Clássico

Referidos como etapas, são passos que se sobrepõem à medida que se avança no caminho. O discípulo somente passa a etapa seguinte quando já dominou o precedente. São:
1 - Yama ou cinco prescrições morais
1.1 -Ahimsa ou não-violência
1.2 -Satya ou não mentir
1.3 -Asteya ou não-roubar
1.4 -Brahmacharya ou não dissipar a sexualidade
1.5 -Aparigraha ou não cobiçar
2 - Niyama ou cinco prescrições éticas
2.1 -Saucha ou limpeza
higiene corporal externa, e interna pelos "Asanas" e "Pranayamas" da mente, do intelecto, da alimentação do lugar em que se pratica ioga
2.2 -Santosha ou contentamento
2.3 -Tapas ou auto-superação esforço do corpo, da fala e da mente
2.4 -Svadhyaya ou auto-estudo
2.5 -Ishvara pranidhama ou auto-entrega
3 - Asana ou posições psicofísicas
4 - Pranayama ou expansão (ayama) da força vital (prána) através de exercícios respiratórios
5 - Pratyahara ou abstração dos sentidos externos
6 - Dharana ou concentração mental
7 - Dhyana ou meditação
8 - Samadhi ou estado de hiperconsciência, absorção
Fonte: pt.wikipedia.org

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